Um Ano depois

13:08 - 17/10 - #blog #processo

Uau, queridites. Eu pisquei e batemos um ano de publicação!!! Primeiro, agradeço à todas as pessoas que deram uma chance ao meu trabalho, lendo, divulgando, comentando e me dando uma força nessa jornada de ser um criativo em plena era das genAIs. Eu nunca vou esquecer desse apoio e dessa gentileza, tanto do público leitor quanto também dos meus colegas de profissão. Muito obrigado, de todo coração :')

Esse primeiro ano tem uma bagagem de alguns outros anos; pelo menos um ano rascunhando e escrevendo mas as personagens em si habitam meu reino das ideias pelo menos desde 2015. Já recebi alguns comentários sobre a sensação, uma aura de RPG e, bem, não é à toa: Artemísia e Pyxis são personagens quais eu joguei algumas mesas e também um certo MMO. Elas me trouxeram alegria, amizades, acalento e também um sonho. Sonho esse tão bonito que já existia em mim mas que elas cuidaram, alimentaram e regaram até que pudesse germinar e tornar-se uma linda mudinha. E cá estamos nós.

Aquele jogo que não deve ser nomeado

Gênesis

Como comentado, as personangens nasceram para jogos que participei, quais eu passava a maior parte do tempo jogando ou montando coisas para jogar. Nesse momento, também entrei para a faculdade de design e acabei por conhecer a área do concept art. Passei a desenhá-las sempre e inventar histórias quais eu dividia com alguns amigos, e, em certo momento pensei... "e se elas fossem amigas?". Nessa época eu ainda era uma lagartinha que sonhava em voar bem alto, o que me fez perceber que eu não tinha cacife pra montar a história que achava que queria, imaginando que talvez aos 25 anos eu teria certa maturidade pra fazer algo de verdade, sabe? Então eu não toquei por um tempo, decidi focar na faculdade com o intuito de me tornar uma boa designer de personagens.

Acontece que, eventualmente, duas coisas me engoliram: a faculdade e o mercado de trabalho. Artemísia e Pyxis foram engavetadas. O capitalismo diz pra gente deixar o sonho pra depois, e eu caí.

A faculdade não foi fácil, trabalhar CLT menos ainda. Durante esse processo eu adoeci, tranquei e destranquei a matrícula e só me formei em 2020. Sim, um TCC bem no auge da pandemia de COVID19 como se ser um transmasc crescido no boom dos chans não fosse o suficiente pra minha cabecinha. Em 2021 me mudei de onde morava (a casa parecia a do filme "Parasita") e me casei. Eu e meu marido combinamos que eu me dedicaria ao meu ofício de desenhista enquanto ele trabalharia fora.

O Processo na Oficina do Diabo

Sem dúvidas o momento de aventuras e desventuras; inclusive mais desventuras do que aventuras. O lembrete é que é importante aproveitar a jornada.

Na casa nova, por algum motivo que não lembro, ficamos por pelo menos uns 15 dias sem internet e praticamente fui forçada a um retiro espiritual já que fiquei incomunicável, o que acabou sendo benéfico pois não só fiquei livre do ruído mental que a internet traz pra nossa vida mas também porquê eu não tinha exatamente como me distrair. Então comecei a desenvolver as folhas de conceito de Artemísia e Pyxis e escrevi os protótipos da história e do worldbuiding em si. O Draekosmos nasceu nesse período e vários outros fundamentos também apartir dos contos que fui escrevendo. Claro que essas coisas foram mudando ao longo do caminho e eu estava feliz com o andar da carruagem. Porém, depois de um tempo, eu precisei dividir a minha atenção não só com os cuidados da casa mas também com o "ter que fazer dinheiro".